Resenha: Cabeça de Vento

Título Original: Airhead
 Autora: Meg Cabot
 Nº de Páginas: 320
 Editora: Galera Record
 Classificação: ♥ ♥ ♥ ♥
 Encontre o Livro: Skoob | Saraiva
 Série: Cabeça de Vento - Livro 01


 EM WATTS SE FOI.
Emerson Watts nem mesmo queria ir à grande inauguração da nova SoHo Stark Megastore. Mas alguém precisava cuidar de sua irmã Frida, cuja paixão, o galã inglês Gabriel Luna, estaria cantando e dando autógrafos – juntamente com o recém-nomeado Rosto da Vez, a modelo adolescente sensação Nikki Howard.
Como Em ia saber que um desastre a atingiria, mudando-a – e a vida como ela conhecia para sempre? Um desastroso acidente depois, e Em Watts, sempre a menina moleca, nunca a princesa festeira, não é mais ela mesma. Literalmente.
Agora, fazer com que seu melhor amigo Christopher note que ela é, na verdade, uma garota é o menor dos problemas de Em.
Mas o que Em tinha certeza de que ela nunca seria capaz de aceitar, pode ser aquilo que vai transformar seu sonho em realidade.
NIKKI HOWARD VEIO PARA FICAR.
O que há por fora que importa.

Bom, não preciso esconder de ninguém que sou uma grande fã da escrita de Meg Cabot, e se pudesse, leria todos os seus livros. Afinal, é esse seu jeito de escrever que a faz tão famosa e nos dá vontade de ler e ler e ler mais suas histórias originais e malucas. E com Cabeça de Vento, não foi diferente.
 Mais uma vez, Meg Cabot mergulha em uma maluca aventura que nos faz viajar com ela, dessa vez a cidade de Nova York, onde Em Watts, uma adolescente até então normal como qualquer um de nós, adora videogames e simplesmente odeia o mundo das celebridades, assim como seu melhor amigo e amor secreto, Christopher.
 Em é completamente o contrário, porém de Nikki Howard, a super modelo teen mais famosa dos Estados Unidos e idolatrada por inúmeros adolescentes, como é o caso da irmã de Em, Frida. Isso faz Em odiar mais o mundo dos famosos. Ainda mais quando sua mãe a força a acompanhar Frida a uma tarde de autógrafos no shopping da famosa loja de departamento Stark.
 E é aí que tudo muda.
 O que aconteceria se você de repente acordasse no corpo de umas das pessoas que você mais odeia? Pois foi isso que acontece com Em, quando após um acidente, ela acorda no corpo de nada mais, nada menos da modelo sensação do momento Nikki. E o pior? Ela não pode voltar.
 E é só graças a essa experiência que Em vai aprender que o mundo das celebridades não é nada do jeito que ela pensa, e que as aparências podem enganar.
 Como já disse nesse post e inúmeras vezes, o jeito gostoso de Cabot de escrever é o que mais me chama atenção. É mais um daqueles livros que você simplesmente devora sem ao menos perceber. Coisa de ler em uma tarde, sabe? Ri muito com as loucuras de Em, que além de estar em um meio completamente desconhecido, ainda precisa reconquistar o ex melhor amigo e provar que é ela dentro do corpo de uma garota que até então ela odiava.
 Confusão e romance garantido, afinal, essa é a marca de Meg Cabot.

Resenha: Bela Maldade

Título Original: Beautiful Malice
Autora: Rebecca James
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 304
Classificação: ♥♥♥♥♥
Encontre o livro: Skoob | Saraiva

Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato.
 Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. 
 No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel.
Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a nova amiga. Alice não gosta de ser rejeitada...

 Estou muito animada por fazer a resenha desse livro. Por que? Simples. Bela Maldade acaba de entrar na minha lista de livros favoritos. A história tem seus altos e baixos; é divertida, sexy, dramática e trágica ao mesmo tempo.
 A autora divide o livro em três partes da vida de Katherine: Sendo a primeira antes da tragédia que aconteceu em sua, quando ela era apenas uma adolescente mimada e egoísta que morria de ciúmes da irmã mais nova Rachel, orgulho da família. A segunda parte depois dessa tragédia, quando a família de Katherine se muda e ela tenta recomeçar a vida com novo nome e tentando passar despercebida, até conhecer a popular, descontraída e invejada Alice, que a leva para um mundo de diversão e liberdade. E daí nasce uma bela amizade entre as duas, uma amizade tão intensa, que Katherine confia cegamente em Alice, até a invejando por ser tão perfeita, tão capaz de fazê-la se sentir melhor em relação ao que está passando.
Já ouvi dizer que as pessoas encantadoras, poderosas, têm o dom de nos fazer sentir como se fôssemos a única criatura no mundo, e agora sei exatamente o que isso significa. Não sei bem o que ela faz, – outra pessoa teria parecido excessivamente ávida, até obsequiosa -, mas quando Alice me dá atenção dessa maneira, eu me sinto radiante, reconfortada pela certeza de ser plenamente compreendida.
 Mas com o tempo e a convivência, Katherine vai percebendo que sua melhor amiga não é assim tão perfeita, mas sim uma pessoa sem limites, vingativa, dramática e irritante. Mas agora já é tarde demais para voltar atrás, porque algumas amizades, realmente devem ser para sempre.
Por um instante penso em enfrentá-la, perguntar por que está tão decidida a me ferir, mas desisto rapidamente. É inútil. Não quero ouvir suas explicações – não há uma desculpa racional ou aceitável para o que ela fez – e não quero ouvir uma de suas justificativas insinceras. Só quero que saia daqui.
 Já a terceira parte, ocorre no futuro após essas histórias, mostrando como a vida de Katherine muda consideravelmente e como ela termina depois de tantas reviravoltas.
 A forma como a autora monta a história do livro é realmente um golpe de gênio, com essa forma de ligar os diferentes momentos da vida da personagem, sempre com um mistério, uma parte não resolvida, que nos faz pensar em alguém diferente para ser o culpado, mas sempre nos enganamos. A narração em primeira pessoa também é fundamental para entendermos mais o ponto de vista da protagonista e seus sentimentos.
 O final é surpreendente e esclarecedor. O tempo todo fiquei imaginando finais diferentes, mas nenhum dos que imaginei chegou perto da verdade.
 Recomendo muito. Vocês vão se surpreender e pensar duas vezes antes de confiarem seus maiores segredos a alguém...

Resenha: Silêncio

Título Original: Silence
Autora: Becca Flitspatrick
Nº de Páginas: 301
Editora: Intrínseca
Avaliação: ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Encontre o Livro: Skoob | Saraiva
Série: Hush Hush - Livro 03

Sinopse: Nora Grey não consegue se lembrar dos últimos cinco meses. Depois do choque inicial de acordar em um cemitério e descobrir que ficou desaparecida por semanas, ela precisa retomar sua rotina, voltar à escola, reencontrar a melhor amiga, Vee, e ainda aprender a conviver com o novo namorado da mãe. Em meio a tudo isso, Nora é assombrada por constantes pensamentos com a cor preta, que surge em sua mente nos momentos mais improváveis e parece conversar com ela. Alucinações, visões de anjos, criaturas sobrenaturais. Aparentemente, nada disso tem a ver com sua antiga vida. A sensação é de que parte dela se perdeu. É então que o caminho de Nora cruza o de um sexy desconhecido, a quem ela se sente estranhamente ligada. Ele parece saber todas as respostas… e também o caminho até o coração de Nora. Cada minuto a seu lado confirma isso, até que Nora se dá conta de que pode estar apaixonada. De novo.


 No terceiro livro da série Hush Hush, tudo o que tínhamos visto nos livros anteriores não significa mais nada. Por que? Porque depois de acordar em um cemitério Nora simplesmente não se lembra de nada relacionado aos últimos cinco meses de sua vida. Ou seja, ela não se lembra de Patch. E o pior é que ninguém parece disposto a ajudá-la a descobrir seu passado, e ela precisa se virar sozinha.
 Nora então se vê forçada a retomar sua rotina, mesmo sentindo que tem algo faltando.
 Mesmo com a tal amnésia, no fundo, ela sabe que ele existe, e não vai medir esforços para reencontrá-lo. E o pior, do nada ela descobre que sua mãe está namorando sério com o pai de sua inimiga, Marcie Millar, que não é um padrasto normal, pois Nora sente seu sangue gelar sempre que estão perto, mesmo sem saber exatamente o por que;
 Aos poucos os pontos vão se ligando e com a ajuda de seu novo e misterioso amigo Jev, ela vai desvendando os mistérios de seu passado. No começo, Nora fica intrigada por perceber que Jev sabe mais do que aparenta, e no fundo, ela sabe que ele a faz arrepiar, a faz sentir algo conhecido.
 Me sinto aliviada em voltar a ver os dois em ação, vocês não têm ideia de como senti falta dos flertes entre os dois, as piadas e provocações do Patch, a loucura da Vee, as atitudes rebeldes do Scott, nem preciso dizer que estou morrendo para ler o próximo (e último) livro da série não é?
Recomendo muito. Impossível não se apaixonar.

Entre Aspas: Tati Bernardi


Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa. Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado. Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo. Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito. Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo. Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça. Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”. Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo. Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim. Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim. E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.
— A Primeira Vez, Tati Bernardi 

Resenha: O Diário de Bridget Jones

Título Original: Bridget Jones's Diary
Autora: Helen Fielding
Nº de Páginas: 322
Editora: Record
Classificação: ♥ ♥ ♥
Encontre o livro: Skoob | Saraiva

 Livro que inspirou o filme estrelado por Renée Zellweger. O romance relata um ano na vida de Bridget Jones, uma mulher solteira, de trinta e poucos anos, que luta com todas as forças para emagrecer, encontrar um namorado, parar de beber e largar o cigarro. Uma história aparentemente comum, mas narrada em estilo impecável e extrema sensibilidade. Numa demonstração de acuidade, a autora tira do cotidiano de uma balzaquiana a matéria-prima para um livro memorável.



  Eu achei esse livro muito a ver com o tema férias, pois é bem gostoso de ler, a sinopse me chamou atenção apesar de nunca ter visto o filme e nem saber direito do que se tratava. 
 A história é de Bridget, uma mulher de 30 anos que tem que lidar com uma vida nada fácil. Além de estar encalhada nessa idade, que tem que aguentar os problemas no trabalho e na própria família: Pais separados, que só a pressionam.
 Como se não bastasse, ela ainda tem que correr atrás de seus objetivos para o ano. Que vão de emagrecer e deixar de fumar, a arrumar um namorado.
 E é isso, somos levados a companhar um ano dessa mulher louca. Sim, louca. As coisas que ela faz para sair das saias justas que ela mesma entra e para atingir seus objetivos, nos garantem boas risadas,
 O que mais me chamou atenção é que apesar de o livro ser um pouco velho peguei na biblioteca da escola ele tem uma linguagem e um contexto bem atuais, que nos fazem dar boas risadas e torcer por ela a cada minuto. Assim podemos acompanhá-la durante sua mudança radical mês após mês e amadurecer junto com ela.
 O formato do livro também é legal. Cheio de bilhetes e e-mails, mensagens de texto, listas e mais, além do formato de diário, é claro.
 Apesar de ser legal e leve, o livro não tem nada demais, teve algumas partes inclusive, que eu imaginei ser só enrolação da autora para dar maior número de páginas.
 Mas pra quem está procurando um livro legal para ler nas férias, que não tenha lá muita história, é a opção perfeita.