Resenha: Adeus à Humanidade

Autora: Márcia Rubim
Nº de Páginas: 388
Editora: Novo Século
Classificação:  ♥ ♥ ♥ ♥
Encontre o livro: Skoob | Saraiva

Uma paixão acendendo após mais de um século de escuridão.Uma doença atual apagando a luz de uma vida.Somente sua mordida poderia curá-la.Apenas seu tipo sanguíneo seria capaz de matá-lo. Como um amor tão improvável sobreviveria? Do que você seria capaz de abdicar para salvar e vivenciar, mesmo que por pouco tempo, um amor jamais sentido antes? Da cura de milhares de humanos? Da própria vida? Stephanie tinha todos os motivos do mundo para não acreditar em seres míticos ou na felicidade, mas vai descobrir que estava totalmente enganada. Sua alma-gêmea existe! O problema é que a linha do tempo que a separa do amor eterno é muito tênue. E somente um milagre possa uni-los novamente. 

"Adeus à Humanidade" trata de um assunto que todos conhecemos e amamos e que pela capa (que aliás é perfeita, adorei) e pela sinopse podemos imaginar do que estou falando... Vampiros, é claro.
 O livro conta a história de Stephanie, uma jovem carioca que tem tudo o que qualquer outra poderia querer. É rica, bonita, tem uma família legal, uma amiga para todas as horas... Mas apesar de tudo, é sempre perseguida por um estranho e inexplicável vazio, como se algo faltasse para que sua felicidade se tornasse completa.

Entendia muito bem o que ele queria dizer com isso, parecia até que conseguia ler meus pensamentos. Na maior parte das vezes, podia ficar cercada de pessoas por todos os lados, mas nunca me sentia acompanhada.
 Nunca.
 Eu era vazia, e esse vazio teimava em me seguir por onde quer que eu fosse, independente de onde ou com quem eu estivesse, como um verdadeiro buraco negro no meio do universo.
 Pág. 37

 Mas essa vida glamurosa de Stephanie começa a mudar anos depois de ela se mudar para os Estados Unidos para morar com seu pai e sua madrasta e estudar.
 Primeiro, seu pai some em uma viagem de negócios, depois seu padrasto é assassinado e sua mãe cai em depressão. E o pesadelo está apenas começando.
 Stephanie se vê obrigada a voltar ao Brasil e ajudar sua família em crise. E é com esse objetivo que ela se muda para São Paulo, para trabalhar como enfermeira, e lá faz vários amigos, com exceção do misterioso e irritante doutor Richard, que parece fazer de tudo para estressá-la e humilhá-la, não importa o que ela faça para tentar agradá-lo.


Ele não parecia ser alguém que pudesse se interessar por quem quer que fosse. Julgava-se um Deus, onipotente. E mesmo que o fizesse, exigente como demonstrava ser, nunca olharia para alguém tão imperfeita. Parecia incapaz de esboçar um simples sorriso, uma palavra afetuosa. Pessoas assim deveriam ficar eternamente sozinhas, provavelmente se achariam completas, e não vazias como eu.
 Pág. 94


 Stephanie tenta entender o que há de errado com ela, para merecer tanta humilhação, e porque ao invés de odiar Richard (o que seria lógico depois de tudo), se sente estranhamente atraída por ele.
  E tentando obter essas respostas, acaba descobrindo muito mais do que imagina... Sobre um passado obscuro, uma doença estranha e fatal e principalmente, do que a força do amor é capaz.
 Sendo sincera, pelo menos pra mim o livro não me chamou a atenção desde o início, achei um pouco parado demais, mas com o decorrer das páginas, e a partir do momento em que você se acostuma com a narrativa da autora, é impossível largar. Também não posso negar que me imaginei lendo uma fanfic (muito bem feita) de Crepúsculo, pois alguns detalhes são bem parecidos, mas a autora conseguiu deixar sua marca com a narrativa e o desenvolvimento bem originais, adorei tudo isso.
 O que também gostei bastante na obra foi que ela se passa em lugares mais que bem conhecidos por nós, ou seja, Rio de Janeiro e São Paulo, aqui no Brasil mesmo. Estava tão acostumada a ler livros que se passam nos E.U.A, e foi muito legal ver uma história de amor tendo o Cristo Redentor como cenário.
 Vocês fãs de vampiros (principalmente de Crepúsculo) vão se apaixonar pela história e aguardar ansiosos pela continuação (assim como eu).