Livro x Filme: Sangue Quente - Meu Namorado é um Zumbi

 Levanta a mão aí quem tirou o domingo pra ver a adaptação de um dos livros mais polêmicos de 2012. o/
 Sangue Quente foi meu último livro de 2012, mas nem fiz resenha porque queria fazer um único post, comparando livro e filme. Vamos ver no que deu?

Em primeiro lugar, vamos falar sobre o livro, do autor Isaac Marion, lançado pela editora Leya ano passado.


R é um jovem vivendo uma crise existencial - ele é um zumbi. Perambula por uma América destruída pela guerra, colapso social e a fome voraz de seus companheiros mortos-vivos, mas ele busca mais do que sangue e cérebros. Ele consegue pronunciar apenas algumas sílabas, mas ele é profundo, cheio de pensamentos e saudade. Não tem recordações, nem identidade, nem pulso, mas ele tem sonhos. Após vivenciar as memórias de um adolescente enquanto devorava seu cérebro, R faz uma escolha inesperada, que começa com uma relação tensa, desajeitada e estranhamente doce com a namorada de sua vítima. Julie é uma explosão de cores na paisagem triste e cinzenta que envolve a "vida" de R e sua decisão de protegê-la irá transformar não só ele, mas também seus companheiros mortos-vivos, e talvez o mundo inteiro. Assustador, engraçado e surpreendentemente comovente, Sangue Quente fala sobre estar vivo, estando morto, e a tênue linha que os separa.

 Eu fiquei curiosa por esse livro antes mesmo de saber que ia virar filme, por causa do meu vício em zumbis (The Walking Dead ♥).

  A sinopse e a capa me chamaram bastante a atenção, e por isso estava bem ansiosa, mas ele virou a decepção do ano. Logo no começo fiquei muito chocada com o universo criado pelo Isaac, com zumbis dormindo, dirigindo e traindo. Isso é um absurdo, mas pelo menos, é um absurdo bem escrito, e foi o que eu mais gostei, a ótima escrita descritiva do autor.
 Eu gostei do R. Ele é o símbolo de mudança e esperança em um mundo em caos, um zumbi que não não quer ser zumbi. Julie, por outro lado, é corajosa e determinada. Junto com R, eles podem (ou não) resultar no recomeço da humanidade.
 Gostei da mensagem que o livro passa, mas a história em si não me ganha. Talvez por ser louca por TWD, eu seja bem chata com os outros zumbis, e esses que aparecem são absurdos, fora as viajadas e as contradições do autor. O final é fofo, mas também não me convence, por ser absurdo como o resto e o pior, ainda deixar algumas coisas sem nenhuma explicação.
 Foi por isso que minha classificação para o livro foi de 3 estrelas.

Agora vamos falar sobre o filme.

 Não gostei da tradução do nome, "Meu Namorado é um Zumbi", achei bobo e nada a ver com a história. E vi que não sou a única, muita gente reclamou nas redes sociais.

 A história ainda não me ganhou, mas  em termos de adaptação, eu achei ótimo! O que eu mais gostei foi que, por se tratar de uma adaptação, eles tiveram que "enxugar" muita coisa, e tiraram justo as partes que mais me fizeram odiar o livro, o que fez o resultado ser muito bom. A atuação e química do Nicholas Hoult e Teresa Palmer também ajudaram muito, além da trilha sonora.
 E sabem qual é o melhor de tudo? O filme ainda trouxe todo o humor que o livro prometeu e não cumpriu.



Mas então Stéph, é filme ou livro?
Filme. Eu sei. É difícil, mas acontece. Como disse antes, tudo que não gostei no livro, eles melhoraram no filme, deixando a história com muito mais sentido e conteúdo. Eu recomendo que vejam o filme antes, e se tiverem maior curiosidade, passem para o livro.

E vocês, já assistiram "Meu Namorado é um Zumbi"? Ainda não? Então corram pro cinema!