|Resenha| Cidades de Papel

Título Original: Paper Towns
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Nº de Páginas: 368
 O adolescente Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo tornou-se um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava conhecer.
 Encontre o Livro: Skoob | Submarino | Saraiva

 Mais um livro do divo John Green por aqui! (todos comemoram!).
 Cidades de Papel conta a história de Quentin Jacobsen, um garoto que está em seus últimos dias de ensino médio e é apaixonado por Margo, sua amiga na infância, colega de classe e vizinha. Com o tempo Margo se tornou popular e Quentin continuou com sua fama de nerd, o que os afastou. Até aí temos uma história bem clichê, eu sei.
 As coisas começam a mudar quando, em uma noite, Margo aparece na janela de Quentin e o convida para uma noite de aventura, onde os dois se vingariam de todas as pessoas que os atormentaram por todos esses anos.
 -É como uma promessa. Pelo menos essa noite. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Na riqueza e na pobreza. Até que o sol nos separe.
 Pág. 82
 Apesar do medo, ele topa e os dois passam por uma noite super divertida, agitada e inesquecível juntos, fazendo as coisas mais absurdas pela cidade de Orlando. Parece que agora as coisas finalmente vão mudar entre eles, mas quando o dia seguinte chega, Margo desaparece misteriosamente. Quando está quase perdendo as esperanças, Q descobre que ela deixou uma série de pistas para que ele possa encontrá-la. Que a caçada comece!

 O livro é dividido em três partes, sendo a primeira a noite de aventura, a segunda a busca de Quentin por pistas e a terceira quando ele finalmente vai procurá-la. Eu amei a terceira parte, ela é bem corrida e te deixa morrendo de vontade de saber no que vai dar. Também tem acontecimentos de tirar o fôlego!

 A escrita de John Green continua muito fluida e viciante, daquelas que só te dá vontade de largar o livro depois de terminá-lo. O autor também continua a usar muitas metáforas e a não pensar duas vezes antes de colocar fatos absurdos em seus livros, o que os torna únicos e engraçados.
 Outra coisa que continua igual é a importância dos personagens secundários, nesse caso os amigos de Quentin: Ben e Rassar que aparecem muito e têm características tão marcantes, que é impossível passarem despercebidos.

 Apesar de ter gostado bastante do livro, tive que tirar uma estrelinha dele por dois motivos: O primeiro é que apesar de ter gostado da história, ela não me ganhou tanto quanto os outros dois livros do autor que li (A Culpa é Das Estrelas e O Teorema Katherine), não me fez terminar com aquela sensação de: UAU! como os outros. O segundo é que uma coisa que me incomodou muito durante a leitura foi a obsessão do Quentin com a Margo, a colocando acima de tudo e de todos.
 -Olhe para elas, Q [...] Todas aquelas pessoas de papel vivendo em suas casas de papel, queimando o futuro para se manterem aquecidas [...] Todos idiotizados com a obsessão por possuir coisas. Todas as coisas finas e frágeis como papel. E todas as pessoas também. Vivi aqui durante dezoito anos e nunca encontrei ninguém que se importasse realmente com qualquer coisa.
Pág. 68
★ ★ ★ ★