|Resenha| Azul da Cor do Mar

Autora: Marina Carvalho
Editora: Novo Conceito (Selo Novas Páginas)
Páginas: 335
ACASO, DESTINO ou LOUCURA? No caso de Rafaela, Pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez... A idéia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais. Mas, como estamos falando de Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do Mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços -, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa... E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão. 

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 Assim que descobri que ia passar o feriado na praia, sabia qual seria minha escolha perfeita para me acompanhar na viagem. E não me arrependi nenhum pouco.
 Apesar de a praia em si aparecer muito pouco, amei viajar com um belo e delicioso chick lit nacional.

 Em Azul da Cor do Mar, conhecemos Rafaela Vilas Boas (ou Rafa para os íntimos), que está em seu último ano na faculdade de jornalismo. Rafa leva uma vida tranquila, com suas amigas, seus irmãos super protetores e folgados... Mas tem uma parte dela que ninguém conhece, uma parte que é apaixonada por um garoto que ela na verdade nunca conheceu de verdade, mas que ela viu algumas vezes perto da casa de praia de sua avó quando ainda era pequena e que escondia muitos mistérios dentro de uma mochila xadrez.
 Mesmo muitos anos depois, a última vez em que viu o garoto não sai da cabeça de Rafa: o que significam as cartas que ele jogou no mar?
 Acho que nunca vou saber. Minha curiosidade sobre a vida do garoto jamais será satisfeita, porque hoje eu sei, no auge dos meus vinte e um anos, que essa busca é infrutífera. E sempre será. Por isso preciso esquecer.
 Pág.71
 Essa obsessão leva Rafa a escrever para ele praticamente todos os dias, uma forma de mantê-lo por perto.
 É quando ela consegue um estágio no maior e melhor jornal de Minas Gerais que as coisas começam a mudar. Apesar de todo o glamour de estar num lugar tão bom e com colegas tão legais, o que mais a intriga é Bernardo, que supostamente deveria ajudá-la em tudo que precisasse. O problema é que o cara é um mala e parece ter ódio por ela à primeira vista.
 A convivência dos dois não é nada fácil, Rafa até pensa em desistir. Mas quando as aventuras jornalísticas dos dois os obriga a ficar cada vez mais juntos, ela começa a perceber que Bernardo não é o carrasco que aparenta.
 E aí vem o impasse: se render aos encantos de seu colega de trabalho que parece ter múltiplas personalidades, ou continuar em sua busca incansável pelo garoto da mochila?

 Bom, acho que daí já dá pra perceber o rumo da história, e isso foi uma das coisas que mais me incomodaram no livro. Tudo é muito previsível, só de ler a sinopse você já sabe mais ou menos o que vai acontecer, e quando começa a ler, tem certeza. O mistério que a autora tentou colocar falhou exatamente por ela dar indiretas demais para o assunto.
 Sobre os personagens, achei que todos foram muito bem construídos e tiveram sua importância na história. A Rafa é um amor e típica personagem de chick lit, engraçada, desastrada... aliás, desastrada até demais. Tipo, ela caia de duas em duas páginas, e eu acabei achando que isso foi meio forçado pela autora. Chega uma hora que a coisa não é mais engraçada e nem natural, de tão repetitiva.
 O Bernardo também é aquele típico personagem de romance que é casca grossa no começo, por causa de um segredo do seu passado, que na verdade me decepcionou bem quando foi revelado porque não justifica suas atitudes.
 Os dois são bem infantis em algumas partes, não parecem ter a idade que tem, e isso me incomodou um pouco.
 Ok, sei que pelo tanto que reclamei vocês acham que eu odiei o livro, mas acho que essas coisinhas não afetaram tanto minha opinião, já que gostei de verdade da história, e a escrita da Marina é deliciosa. Mal posso esperar para ler Simplesmente Ana.Já estão participando do Top Comentarista Abril/Maio?

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